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27 de dezembro de 2011

Essa tal felicidade... Mais uma vez!

2011 está no fim e se tem uma palavra que define este ano para mim é: FELICIDADE.

Este ano decidi me ocupar da felicidade a ponto de não ter tempo para mais nada. Inspirei-me em um dos belíssimos textos da Clarice Lispector, postado neste blog anteriormente. Nessa decisão descobri que a felicidade está em mim. Sou a própria felicidade!

E ainda sobre esta lição de felicidade, ontem ouvi um texto no final da novela das sete. Dizem que é do Fernando Pessoa, mas já li por aí que não é dele. Independentemente da autoria, o que vale é a mensagem. Claro, sobre a felicidade:
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Para terminar este post, fica meu aprendizado deste ano: entre ter razão e ser feliz, optei por ser feliz. Sempre!

12 de dezembro de 2011

Próximo capítulo

Mais um ciclo se encerra.
Agora, novos desafios.
Nova história a escrever.
Outros protagonistas entrarão em cena (assim espero!) 
O enredo promete!

Luz, câmera, AÇÃO...

11 de novembro de 2011

Em que mundo você vive?


Boa reflexão para os dias atuais. Vamos deixar a vida nos levar ou vamos assumir nossa posição como autores da vida?

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

7 de novembro de 2011

Definitivamente, nada é definitivo

Li o texto abaixo no Facebook de Marla de Queiroz. Ele me prendeu (ou me seduziu) do início ao fim.


Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras... O que não pode é se subtrair. O processo tem que ser de acréscimo, sempre. Nada é tão definitivo assim e a gente nunca É, a gente ESTÁ...

Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto, posto sobre a mesa. A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo de outras. A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive.

A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa. Tal como as consequências. A gente resolve se entregar quando é tarde pra descobrir que pra respeitar o nosso próprio tempo, é preciso lembrar e ter o mesmo respeito pelo tempo do outro. E que muitas vezes, pra ser honesto, é preciso se correr um risco o qual não queremos. Mas a gente corre.
Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores - há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. Nada é tão definitivo.
Por: Marla de Queiroz

4 de novembro de 2011

No início... Tudo são flores!


Início de relacionamento é sempre muito bom. É uma fase de conquista, conhecimento, tolerância. Melhor ainda quando constatamos, dia após dia, que apesar de todos os nossos defeitos e manias, a outra pessoa se dispõe a estar do nosso lado. A fase do "encantamento" é ótima por isto: o outro se torna o nosso desafio diário. E ter desafios é sempre o melhor dos estimulantes.

Mas, como em toda relação, há a fase do "desencantamento". Sei que ela vai chegar, inevitavelmente. Por isso, tenho procurado observar os pequenos detalhes (como boa perfeccionista que sou) desta fase inicial - encantadora! Ponto positivo por saber que temos os mesmos objetivos e já passamos por experiências de vida parecidas. Cicatrizes a parte, decidimos prosseguir. Essa cautela em não cometer os mesmos erros e, mesmo diante deles, sabermos como lidar consigo mesmo, com o outro e com a relação - a isso eu chamo maturidade emocional.

É a mesma maturidade que nos permite viver uma relação sem ansiedade, sem idealismo utópico, com os pés no chão e no desafio diário de contribuir para a alegria do outro...

Ufa! Isso é possível...

E é com essa mesma maturidade emocional que espero chegar na fase do "desencantamento" para poder continuar apreciando a beleza das rosas, mesmo com seus espinhos...

13 de outubro de 2011

Estado civil: mais feliz ainda!

O estado civil é algo que aguça a curiosidade das pessoas. Quando "escancarado" em alguma rede social, como Facebook e Orkut, desperta reações em forma de comentários muito interessantes.

Neste feriado alterei meu "status de relacionamento" no Facebook. Passei de "solteira" para "Em um relacionamento sério". Na prática, passei de "feliz" para "mais feliz ainda", porque estava muito bem solteira e vivendo a vida que uma pessoa "sem companhia" pode aproveitar com muito gosto. Sempre defendi a ideia de que dá para ser feliz sozinha, sim! Desde que você curta sua própria companhia.

Estar acompanhado é muito melhor, de fato, quando você já se resolveu consigo mesma, sabe o que quer e encara a realidade de forma simples, sem idealizar demais o outro e a própria relação. E tem que ser a verdadeira companhia, não aquele que só aparece quando quer sexo (linguagem aberta, mesmo, porque estou falando da vida como ela é) ou impressionar os amigos mostrando quem é a "pegada" da vez.

A alteração do meu "status de relacionamento" gerou vários comentários. Arrisco afirmar que alguns desejos de "boa sorte" são, na verdade, preocupações disfarçadas. Afinal, encontrar uma companhia decente, hoje em dia, é raro. Especialmente quando se tem um histórico de relações não muito feliz, mas que me gerou a maturidade que preciso para ousar arriscar.

Estou vivendo um dia de cada vez e aproveitando o que a verdadeira companhia pode oferecer de melhor. "Que seja eterno enquanto dure"... Não!

Que seja ótimo enquanto me fizer bem. No dia que não fizer, escrevo o "the end" e inicio uma nova história.

Adoro ser protagonista. Carpe Diem!

21 de setembro de 2011

Viva a imperfeição!

Mulheres adoram idealizar um relacionamento. Ou melhor, o parceiro para um relacionamento duradouro. Moreno, alto, bonito e sensual... E que seja, sim, a solução para os nossos problemas. Além de tudo isso, tem que ter carro, curso superior, ser bem sucedido profissionalmente (e financeiramente), gostar da família (isso inclui a sogra - nossa mãe!), ser romântico, atencioso, carinhoso... Resumindo: o homem perfeito!!!!

Difícil? Sim, é realmente difícil encontrar todas essas qualidades num homem só. Não vou dizer que é impossível, pois deve haver, sim, homem com todas essas características. Onde ele está? Certamente por aí, vagando pelo mundo atrás de aventuras amorosas, sem querer nada sério "por enquanto" - porque homens adoram usar esta palavra: por enquanto - ou caminhando de mão dada com outra mulher que o encontrou antes da gente.

Para ser sincera, acho que homens assim tornam-se sem graça com o tempo, porque perfeição demais cansa, afinal gera insegurança, competição, inveja... Em contrapartida, homens com seus defeitos nos estimulam a ser "agentes de mudança", quem sabe ele muda por nossa causa? Não que iremos mudar alguém, porque ninguém muda outra pessoa, se ela não desejar isso, mas podemos ser o estímulo para a mudança, por que não?! O defeito dele pode ser justamente aquilo que nos atraiu! E mais, eu posso ser a solução para seu defeito, e vice-versa, ou você acha que é uma "mulher perfeita", meu bem?!

Sejamos realistas, podemos esperar o homem perfeito aparecer. Uma hora ele sai do "por enquanto" e diz a você: "é agora ou nunca". Tudo é possível e se você é uma mulher "de fé", vá em frente! Ou podemos nos divertir com os imperfeitos, mas que nos tratam como rainhas, que nos dão carinho, nos fazem rir (mulheres adoram homens com senso de humor), querem estar ao nosso lado inclusive nos sábados à noite, dormir agarradinho, ver filme abraçadinho, caminhar de mãos dadas, enfim, ser aquela pessoa que vai roubar nossa solidão e, em troca, oferecer a verdadeira companhia!

É, depois de experimentar tudo isso, acho que o perfeito pode estar, sim, no imperfeito! O importante é ser feliz!

12 de setembro de 2011

De repente, acontece!

De repente, quando você menos espera, acontece!

Você se permite conhecer, deixa os pré-julgamentos de lado, decide ir com calma e vai descobrindo que ali, a sua frente, está uma pessoa do bem.

Uma pessoa com seus defeitos e limitações. Mas alguém que decidiu ser feliz, assim como você. Alguém que se superou, que insistiu, foi adiante, arriscou. Alguém que você não teria oportunidade de conhecer se optasse agir como sempre agiu. Ou se deixasse que seus medos ou pré-conceitos decidissem suas escolhas.

Às vezes, precisamos agir de maneira diferente para encontrar alguém que nos faz bem, que nos faz rir. Alguém com os mesmos objetivos e pensamentos. Alguém que... Nos mereça!

Eu precisei me permitir e dar permissão para que isso acontecesse. Auto-conhecimento foi o primeiro passo. O segundo foi permitir que os outros me conheçam - com meus limites, defeitos, manias, fortalezas... Diferenciais. Não ter vergonha de ser quem eu sou.

Arrisquei. Acreditei.
Estou feliz.

Vamos ver no que dá!

3 de setembro de 2011

Gente fina, elegante e sincera

Certas perguntas e comentários, em determinadas ocasiões, e dependendo de quem faz, merecem respostas nada simpáticas. Especialmente quando vêm carregados de pré-julgamentos, ou uma visão "limitada" da situação. Nesses casos, o máximo que você pode ser é sincera. Esse negócio de ser "gente fina e elegante" é para quem merece. Por exemplo:

"Você ainda não casou? Deve ser exigente demais com os homens, não?"
"Você é tão bonita e inteligente, por que não arruma um namorado?"
"Cuidado, quem escolhe demais acaba sendo escolhida!"

Vamos às sinceridades:
1. Ser solteira é uma opção diante da falta de opção no "mercado". Ter um homem só para se autoafirmar ou prestar contas para a sociedade é o cúmulo da imaturidade. Ou da falta do que fazer!
2. Sou exigente, também, por opção. Poderia estar com qualquer homem, afinal tem muitos  por aí "dando sopa", inclusive os casados ou comprometidos. Mas na lei de oferta e procura de relacionamentos, a quantidade não caminha com a qualidade. Antes só, por opção, do que mal acompanhada, por falta de opção.
3. Sim, sou inteligente, bonita e independente. No dia que conhecer um homem que enfrentar essa realidade com segurança e maturidade, com certeza ele estará comigo.
4. E para concluir as respostas sinceras sendo, também, gente fina e elegante: eu vou muito bem, obrigada! E você, pelo visto, está feliz nessa função de "encarregada da vida alheia", não é?

31 de agosto de 2011

A contradição da vida a dois

Gosto de observar o comportamento de casais - namorados, noivos, marido/mulher - e acho interessante a reação das pessoas quando a emoção toma conta. Seja homem ou mulher, quando a tal da emoção, ou do sentimentalismo, entra em cena, as atitudes não se explicam, nem se justificam. Apenas acontecem. Simples assim. Vá entender...

Na hora da raiva, ou da frustração, que não deixam de ser emoções, a razão, disfarçada, dita a regra: serei mais firme, darei mais valor a mim, vou mostrar que tipo de pessoa sou e ele (ou ela) terá que me "engolir". Ame-me ou deixe-me!

Basta algumas palavras de elogio, um carinho diferente, ou apenas satisfazer nossas vontades, para tudo isso ir pro saco, bem amarrado e com direito a reciclagem - numa próxima frustração. Firmeza? Mas nós conversamos, estabeleci limite. Valor? Sim, ele (ou ela) me valoriza, tanto que continua comigo. "Engolir"? Sim, ele está agindo conforme eu quero!

E ainda tem gente que preza pela liberdade na relação. Irônico, mas é a mesma liberdade que sufoca, desgasta, aprisiona, porque há pessoas que não sabem o que fazer com a liberdade. Pergunto: quando é a emoção que aprisiona, há espaço para liberdade?

Enfim, não dá, realmente, para entender as emoções. Apenas vivê-las. Cada um sabe "a dor e a delícia" de estar num relacionamento. E cada um tem a sua justificativa, convincente ou não! Como ouvi, ontem, de um rapaz: "não posso perder minha namorada, pois vida de solteiro é cara demais".

Tem um ditado que diz: "se quiser conhecer o ser humano, dê poder a ele". Acho que na relação, o que funciona não é o poder, mas a tal liberdade. Portanto, se quiser conhecer o seu companheiro/companheira, dê liberdade e veja o que é capaz de fazer com ela (tendo ou não emoção).

23 de agosto de 2011

A mulher faz a diferença


Li o texto abaixo e lembrei-me de uma frase que ouvi um tempo atrás: "Ao lado (e não atrás) de um grande homem há sempre uma grande mulher". Fazemos, sim, a diferença e, por isso, precisamos reconhecer nosso valor. Fica a reflexão:


A mulher faz a diferença

Numa certa ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu para jantar com sua esposa, Michelle. Eles foram a um restaurante não muito luxuoso, porque queriam fazer algo diferente e sair da rotina.
Estando sentados à mesa no restaurante, o proprietário do estabelecimento pediu aos guarda-costas para aproximar-se e cumprimentar a primeira dama.
E assim o fez.
Quando o dono do restaurante se afastou, Obama perguntou a Michelle:
- Qual é o interesse desse homem em te cumprimentar?
Ao que Michele respondeu:
- Acontece que na minha adolescência esse homem foi muito apaixonado por mim durante um longo tempo.
Obama disse então:
- Ah, quer dizer então que se você tivesse se casado com ele, hoje você seria dona deste restaurante?
E Michelle:
- Não, meu querido, se eu tivesse me casado com ele, hoje ele seria o Presidente dos Estados Unidos”.

18 de agosto de 2011

Ponto final

Estou aprendendo a colocar ponto final no lugar de reticências.
Cansei de fazer parte de histórias mal resolvidas. Isso está mais para vítimas e, definitivamente, eu não sou.

Prefiro ser protagonista e ter consciência de que toda escolha, na verdade, é uma renúncia. Renunciar um prazer menor para obter uma alegria maior. Perder para ganhar.

Enfim, estou praticando o desapego. Dolorido, mas necessário.
Que venha o melhor... E bem resolvido.

Ponto final.

17 de agosto de 2011

Perguntas que não merecem respostas

Li no Facebook hoje e adorei:
Se você está solteira: E o namorado?
Se você está namorando: E o noivado?
Se você está noiva: E o casamento?
Se você está casada: E o bebê?
Se você é mãe: E o irmãozinho?
Se você é mãe de 2: E o 3º?
Se você é mãe de 3: Nossa, por que tanto filho?
Se você se separa: Por que se separou?
Se você refaz sua vida: Mas já?
Resumindo: Tem muita gente pra tomar conta da sua vida e da vida dos outros. Se os outros nunca estão satisfeitos, e você se orgulha de ser quem é, cole isso no seu mural! 


Ou publique no seu blog, como eu fiz!  ;-)

14 de agosto de 2011

Autoimagem positiva

Muitas coisas acontecendo na minha vida, muitos sentimentos sendo administrados, como sempre! Sou uma montanha russa emocional... Para amenizar, estava pensando no que postar no blog - minha terapia! E, hoje, domingão dos pais, lembrei-me de um livro que li anos atrás e resolvi folheá-lo: "Sempre a menininha do papai". Abri numa página que, ao ler até o fim, a mensagem veio como um "oráculo".

Sem comentários. Vamos à prática:

A autoimagem positiva
Quando você conseguir o que quer ao lutar por si mesma
E o mundo a tornar rainha por um dia,
Vá até o espelho e olhe o seu reflexo
Vendo o que essa mulher tem a dizer.
Pois não é seu pai, mãe ou marido
Quem deve julgá-la.

A pessoa cujo veredicto conta mais na sua vida
É a que observa do espelho.
Ela é a pessoa a ser agradada, sem levar em conta o resto, 
Pois é quem ficará com você até o fim.
E você terá passado no teste mais perigoso e difícil
Se a mulher no espelho for sua amiga.

Você pode enganar o mundo inteiro na estrada da vida,
E ganhar tapinhas nas costas ao passar.
Mas sua recompensa final será sofrimento e lágrimas
Se tiver enganado a mulher no espelho.

8 de agosto de 2011

Isto, sim, é o diálogo de uma mulher... Especial:


Era uma vez uma menina, que tinha cabelos vermelhos e um sorriso largo...
Ela morava pertinho da Alice, quase no País das Maravilhas... 
Na terra dessa menina tinha muitas coisas legais... e ela tinha um malindo (lindo), dois cachorros (lindos) e amigas...
Hoje a menina acordou e começou a pensar nos amigos... Pensou, pensou, escreveu no diário e cochilou... 
Quando entrei, o diário estava aberto... e eu li (ops!) Era tudo tão bonito que eu queria que vocês vissem...
Mas é segredo!! ... Foi quase como abrir o coração dela... 
Apesar que... se vocês são amigas dela... já devem saber o quanto ela as ama...
Vejam que lindo...

"Sandrita... minha amiga guerreira. Uma mulher linda, com brilho nos olhos e um enorme coração... Foi com ela que aprendi que existe sempre outro lado prá tudo nessa vida... Aprendi a ter força, a acreditar em mim e no que eu tenho de melhor... Aprendi que no meio da tempestade, sempre há algo melhor... e vem a bonança e vem a tempestade e vem a calmaria e vem a tempestade... E assim a vida e sempre será... basta saber olhar o outro lado... Essa mulher/menina é uma mistura de leveza e força, de simplicidade e energia, e amor... de amor a ela mesma... E quando eu penso que está tudo perdido... ela sempre tem uma palavra que acalenta o meu inquietar... Sandritaaaa... vou sentir falta das nossas conversas, desabafos, fofocas, cumplicidades, risadas, chororôs... mas tenho certeza que o que construímos juntas não vai acabar... a menos que a internet no mundo acabe rsss...

Elô... minha amiga serena. Linda, amorosa, paciente, cuidadosa... Abriu as portas da sua vida prá mim como se já nos conhecêssemos... Me deu a oportunidade de aumentar minha família, compartilhando comigo uma mãe maravilhosa, uma doce irmã e uma liiiindaaaa e querida cachorrinha. Aprendi com ela a esperar e a ter esperança de que tudo vai melhorar. E que os dias são breves, mas o amanhã a Deus pertence.. Basta confiar Nele... Elô... sentirei falta "bom dia amiga, como você está?" que eu não sei mais ligar meu Skype sem dizer isso a você! Sentirei falta de te perguntar 30 vezes a mesma senha e nunca anotar... sentirei falta das ligações e dos conselhos mútuos... Ainda vou voltar a Uberlândia, comer uma comida boa da Tia Coraci com você e conversar sobre a vida e sobre nós...

Cris... minha amiga surpreendente. Apareceu como uma estrela cadente... Mas ainda bem que caiu no meu quintal! Nunca te olhei nos olhos, mas já te vi por dentro, dentro do coração. Aprendi com você que nem sempre é preciso saber tudo sobre alguém prá amá-lo... basta ter certeza de que tudo é sincero e simples... Agradeço a Deus por ter te colocado no meu caminho... ter me presenteado com sua doçura, calma e carinho... desejo que você se desenvolva mais e mais, pois com essa força de vontade você vai muito mais longe que imagina.

Isa... minha amiga decidida! né? Aprendi que idade não equivale a maturidade e que a primeira impressão não é a que fica. Foi a ela que ensinei o que eu sabia sobre crescer e cresci mais ainda quando vi que não sabia tanto assim... Sentirei tanta falta de perguntar as coisas óbvias e depois responder a mim mesma... de contar segredos esdrúxulos e histórias hilárias que até mesmo eu duvido que aconteceram... Senti a dor da partida e o peso do cansaço em cada vez que você me viu "prever" com minha bola de cristal o próximo capítulo da nossa novela. Obrigada pelo carinho, companheirismo, ternura, paciência e obrigada por me dizer tantas palavras lindas quando eu sentei e chorei..."

Isso era o que a menina dizia sobre as amigas dela... e depois que eu li eu também chorei... e senti como se um pedacinho de vocês estivesse ali em cada palavra daquelas...
A próxima página do diário da menina do cabelo vermelho estava em branco... acho que ela ainda não escreveu mais...
Tem uma semana que eu li isso tudo e só hoje consegui copiar prá vocês... Tava doendo muito (e ainda está)...
Mas a história continua... 
Ainda temos muito ainda até chegar no "viveram felizes para sempre"...

Por enquanto... vamos ficando com o "era uma vez".

Cyntia Carvalho 

30 de julho de 2011

Lições que aprendi

1. Não posso ter tudo na vida, mas tenho o que é necessário para minha felicidade. Bastei olhar para mim mesma e valorizar o que tenho de melhor. A felicidade está em mim.
2. Que a vida não é injusta. Ela me dá o que preciso em cada momento específico, embora o que precise não seja o que eu realmente quero.
3. Que Deus me ama incondicionalmente. E quando menos mereço este amor, é quando Ele insiste e prova Seu amor por mim.
4. Falando em amor, aprendi que ele não é um sentimento nobre, apenas. É mais do que isso - amar envolve comportamento, conduta, caráter. Amor é ATITUDE!
5. E atitudes são tomadas pensando no bem comum - o que não quero para mim não faço com o outro, seja quem for...
6. Que ouvir o coração é bom, mas ponderar com a razão é sábio.
7. Equilíbrio emocional é a chave para decisões assertivas.
8. Conhecer a mim mesma me livrou de muitas enrascadas.
9. Que a carência e o desespero são as melhores amigas da escolha precipitada.
10. Que não devo trocar o que mais quero no momento pelo que mais quero na vida. Momentos passam, mas a vida continua.
11. Que ser protagonista é melhor do que ser vítima.
12. Que novas lições surgem depois que enxugo as lágrimas. Elas embaçam a visão do aprendizado.
13.
14.
15...

Alguém tem um lenço para me emprestar???

23 de julho de 2011

Comprometido ou envolvido?

 As pessoas querem estar envolvidas, mas não comprometidas. 


Li essa frase outro dia e ela me deu respostas para muitas indagações.

Na área profissional, pra quê se comprometer e correr o risco de não ser valorizado? Pra quê trabalhar dia e noite se o salário no final do mês será o mesmo? Pra quê vestir a camisa se amanhã ou depois posso ser mandado embora? Afinal, ninguém é insubstituível! Mas é bom estar envolvido - pra dizer que tenho um emprego (embora não queira bem o trabalho), porque hoje em dia "você é o que você faz", porque traz dignidade e, claro, porque tenho dinheiro todo mês pra pagar minhas contas. Conclusão: compromisso é para quem ama o que faz. Envolvimento é para quem apenas faz... Pela metade!

Comprometer-se na área pessoal é ainda mais complicado, porque compromisso acaba referindo-se, equivocadamente, à obrigação. E, convenhamos, quem gosta de fazer algo obrigado? Liberdade é a palavra de ordem dessa geração. Livre para ser de quem quiser, para ligar a hora que quiser, para sair e voltar quando quiser, para fazer o que quiser. Envolvimento é liberdade. Compromisso é prisão. Será?

Mais uma vez chego a conclusão de que compromisso é para quem ama. Não amor-sentimento, mas amor-comportamento (atitude). E comportamento é escolha. Você escolhe ser livre ou ser prisioneiro em função da sua visão sobre uma determinada situação. E a sua visão pode estar distorcida.

Estar envolvido é ótimo! Estar comprometido é "pesado" demais! Essa é sua visão. E eu respeito, porque ela carrega sua história de vida (ou suas escolhas passadas). Se está certa ou não, não me atrevo a dizer. Não sou dona da verdade.

O que me atrevo a dizer é: estar envolvido e comprometido, ao mesmo tempo, pode ser melhor ainda, quando as duas visões estão focando na mesma direção, no mesmo alvo. Não importa o retorno que terei, mas o fim que queremos (porque estamos na mesma visão) atingir.

Isso vale tanto para o pessoal, como para o profissional.

Qual é a sua visão?

1 de julho de 2011

Você é mulher pra casar?

Estou lendo o livro Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert, e esta noite me diverti com o trecho em que a autora conversa com uma moça indiana, a Tulsi:

"Ver os filhos bem casados significa muito para a família (indiana). Tulsi tem uma tia que acaba de raspar a cabeça em sinal de agradecimento porque sua filha mais velha - com a idade jurássica de 28 anos - finalmente se casou. E, além disso, ela era uma moça difícil de casar. Perguntei a Tulsi o que torna uma moça indiana difícil de casar, e ela disse que existem muito motivos. 
- Se ela tiver um mapa astral ruim. Se for velha demais. Se tiver a pele escura demais. Se for instruída demais, e você não conseguir encontrar um homem mais instruído do que ela, e isso é um problema frequente hoje em dia, porque uma mulher não pode ser mais instruída do que o marido. Ou se ela teve um caso e a comunidade inteira sabe, ah, seria muito difícil arrumar um marido depois disso..."
Bom... Se a lista servisse para o Brasil (e tenho lá minhas dúvidas se não...), minhas chances de casar de novo (se eu quisesse...), seriam nulas: já tenho (quase) 33 anos, sou divorciada, o que talvez indique que meu mapa astral não é dos melhores (Câncer com ascendente em Touro... Quem vai enfrentar essa fera!!!), tenho curso superior e vou enfrentar uma Pós-Graduação em breve.

Lendo e aprendendo... Agora, tudo se explica! (risos)

27 de junho de 2011

Você tem medo de quê?

Nessas minhas viagens, e até mesmo aqui na minha cidade, observando o comportamento humano (algo que virou meu hobby), aprendi algo interessante...

É preciso enfrentar nossos medos e conhecer bem nossos limites antes de tomar qualquer decisão. Esconder-se, fugir ou fingir que eles não existem só os fortalece. E lá na frente, quando a decisão foi tomada, e algumas vezes não há como voltar atrás, esses medos ressurgem, maiores, ferozes, querendo o que foi "adormecido" lá atrás. E então, o que fazer com eles?

Medos, inseguranças, falta de posicionamento... Aprender a dar nome a cada um deles (Medo de quê? Insegurança por quê? Não me posiciono no quê?) é ter coragem de ser quem você é.

É o caminho para o amor próprio e, consequentemente, para o amor ao próximo, no sentido real e sublime da palavra.

Isso sim é identidade!
Isso sim é ser HUMANO!

15 de junho de 2011

Quem sou eu pra você?

Ficante, amante, passatempo, oba-oba...
Amiga, mais que amiga, mulher, querida, gentil...

Namorada? Não chego a tanto.

Nada contra esses papéis. E os executo muito bem, modéstia a parte.

Sei quem eu sou e o que quero.
Ser apenas uma "opção" (ou melhor, falta de opção para alguém) não se encaixa no meu perfil.

Antes só, sabendo quem eu sou.
Do que (mal) acompanhada, sem saber quem sou eu... Para o outro.

Problema de identidade não é meu fraco!

"Nunca trate com prioridade quem te trata apenas como opção".
Fica a dica!

5 de junho de 2011

Complicada e perfeitinha

Permita-me voar, mas tenha sabedoria para me fazer voltar.
Permita-se ser romântico, mas tenha a dose certa para não sufocar.
Surpreenda-me...
Com carinho, atenção, afeto.

Importe-se!

Verbalize seus pensamentos. Elogie!
Verbalize seus sentimentos. Cative!

Difícil?

26 de maio de 2011

Critérios

Aquela velha história: quem eu quero não me quer; quem me quer eu não quero.
Desencontros.

Não quero mais perder tempo. Não quero mais passar o tempo.

Que tipo de pessoas tenho atraído para minha vida?

As perdas me deixaram mais criteriosa: só vou gostar de quem gosta de mim.

Tempo de se abrir.
Tempo de conhecer.
Tempo de se permitir...

VIVER.

15 de maio de 2011

Um belo dia DECIDI mudar

Passei o final de semana com esta música na cabeça:

"Um belo dia resolvi mudar / E fazer tudo o queria fazer / Me libertei daquela vida vulgar / Que eu levava estando junto a você..."


Parei hoje para refletir.

De fato, decidi mudar, estou fazendo tudo o que gostaria de fazer e ainda tem mais nos meus planos - curso de inglês, aula de dança, viagens...

Eu me libertei não de uma vida "vulgar", mas limitada, presa, atrelada ao que os outros pensavam.
O gosto da liberdade é indescritível. Liberdade conquistada, amadurecida, equilibrada...
Precisei perder pra ganhar.
Mudança que gerou mudanças...
Auto-confiaça.

"Em tudo o que faço existe um porquê de ser quem eu sou, de estar onde estou...
Agora, só falta você..."

Ou não!

9 de maio de 2011

Regra básica para o dia a dia

Ame-se
Permita-se
Liberte-se
Escute... Mais!

Fale
Magoe
Culpe
Engane-se... Menos!

Esqueça
Perdoe
Prossiga
Viva... Sempre!

4 de maio de 2011

Quem disse que homens não escrevem aqui?

Achei esse texto navegando pela net. Quando terminei de ler pensei: "Putz, isso parece Diálogo de Mulheres". E tomou um gostinho especial quando vi que foi escrito por um homem. É um pouco longo, eu sei, mas vale a pena um esforço!

Sim, os homens também escrevem aqui!

Com vocês,
"O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas"

Por Ivan Martins, editor executivo da Revista Época


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor. 
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil. 

2 de maio de 2011

Escolhas assertivas

Já teve um momento em minha vida em que quis muito casar e constituir família. Tá certo que nunca acreditei muito nessa história de "príncipe encantado", mas achava que poderia encontrar alguém bacana para compartilhar a vida, seus bons e maus momentos. Ser feliz, a dois, debaixo do mesmo teto... Blá, blá, blá!

Bem, passei pela experiência e vi o quanto é difícil ser feliz, a dois, debaixo do mesmo teto! Por isso, optei por ser feliz debaixo de um teto só pra mim. Na verdade, hoje, divido o teto com minha mãe e sou muito grata por isso!

Daí, fico pensando: será que me casei porque realmente queria casar? Ou porque encontrei a tal pessoa "bacana"? (Essa questão eu já respondo: não mesmo!). Ou simplesmente porque é assim e pronto: todo mundo precisa casar um dia! Será?!

Convenções, padrões, tradições... Esses, sim, são mais poderosos do que qualquer desejo de se casar, ou apenas de se relacionar, sem necessariamente chegar ao matrimônio. Afinal, quem não namora/namorou alguém só para ficar em paz com a cobrança velada (ou escancarada) da sociedade - e da família?!

Esse é o caminho das escolhas precipitadas.

Em qualquer área da vida, precisamos decidir por aquilo que de fato é o melhor para nós e não necessariamente o que é o ideal da sociedade, o padrão para todos. E cada dia me convenço de que o caminho para a escolha mais assertiva está no autoconhecimento, no senso crítico e, consequentemente, na coragem de ser quem você realmente é e não o que o meio "sugere" que você seja.

Optei pelo caminho da autenticidade: sem medo e sem vergonha de ser quem eu sou, mesmo sendo do contra, muitas vezes! 

Em tempo: continuo procurando uma pessoa "bacana" para compartilhar bons e maus momentos da vida, mas deixei de atribuir a essa pessoa a responsabilidade pelo meu contentamento. Se aparecer ótimo, será um valor agregado! Mas, se não aparecer, garanto que pior, a minha vida não fica!

25 de abril de 2011

O que fazer com a tal felicidade?

Após um feriadão em família, renovando as forças na beira da praia, cheguei a uma conclusão do que é felicidade.

Podemos nos sentir só, às vezes ou quase sempre, mas felicidade não depende de companhia.

Podemos passar por momentos difíceis, mas felicidade não depende de problemas e nem precisa ser a solução deles.

Podemos estar solteiras, casadas, separadas, mas felicidade não depende de estado civil.

Felicidade é fruto de nosso posicionamento diante das circunstâncias. "Não importa o que fizeram com você, mas o que você faz com o que fizeram com você".

Aprendi: felicidade depende de quem você é, de como você se aceita e se ama e de como você encara a vida. Felicidade é decisão.

Eu decidi ser feliz, mesmo com meus problemas, minhas dificuldades, meu estado civil, minha vida como ela é ou está hoje...

Decidi o que fazer com a tal felicidade: irei me ocupar dela a ponto de poder falar como Clarice Lispector - "Não tenho tempo para mais nada. Ser feliz me consome muito".

20 de abril de 2011

A solidão...

A solidão tem seu lado bom
Quando dedicamos tempo para autoavaliação
Reflexão
Descobertas

O lado ruim é quando isso cansa.
Ou quando constatamos que precisamos evoluir muito ainda.
E para evoluir precisamos nos relacionar...

Com quem?

5 de abril de 2011

Descobertas

Como boa canceriana, ando pensando muito no passado. No que vivi, no que escolhi, no que senti ou deixei de sentir. Às vezes com certa nostalgia, outras vezes com um sentimento de superação alcançado.

Ainda esta semana teclei com um colega no MSN, comentei com ele que não tinha graça saber o futuro, pois me tiraria a garra, o brilho, a vontade de lutar para vencer, sempre! Gosto de desafios, de arriscar, de experimentar. E saber o futuro me tiraria esse prazer. Comentei que gosto de olhar o passado para não repetir os mesmos erros, as mesmas escolhas que me levaram aos erros. Gosto de olhar o passado para entender a razão de muita coisa hoje. E, por isso, procuro refletir bem sobre as atuais decisões. Pois minhas escolhas de hoje ecoarão pela eternidade. Amanhã estarei olhando para o agora e entendendo o porquê de muita coisa... Meu futuro depende do que sou, faço e escolho HOJE. Olhar o passado me ajuda a entender. E entender me ajuda a planejar. E planejar aumenta a minha chance de acertar... Ou errar de novo.

Ele respondeu - 'você, na verdade, está caminhando para uma vida solitária... Comum aos guerreiros'. Eu respondi prontamente - 'sim, comum aos grandes líderes!'.

O bate-papo poderia parar por aí. Mas, na minha cabeça a colocação do meu colega e a minha pronta resposta continuam martelando até agora.

Líderes arriscam. Investem. Conquistam. Inspiram.
Líderes vivem cercados de pessoas e são amados por muitas, mas se sentem só... Na maioria das vezes.

Entendi: toda missão tem seu preço. A minha eu já sei qual é!

23 de março de 2011

Sou assim e pronto!

Sou uma mulher de temperamento forte. Falo o que penso, defendo minhas ideias e posições a respeito de vários assuntos, especialmente os polêmicos. Não tenho vergonha ou medo de dizer o que penso.

Sou impulsiva, sou radical em alguns aspectos e um pouco liberal em outros. Não sou perfeita e sei que estou muito longe disso. Cometo "loucuras", mas sempre avalio depois se valeu a pena mesmo. Julgo, sim, e quem não julga pelas aparências ou circunstâncias? Mas depois também avalio se o tal julgamento foi correto ou não. Erro. Erro muito! Gosto de errar para aprender e crescer. Faz parte do processo! Não fujo da raia, não me escondo atrás de relações fracassadas, não vivo de ilusões.

Quando gosto, gosto. Quando não gosto, trato só por educação. E pronto!

Aprendi a ser eu mesma. Gosto de ser quem eu sou.
E ponto final.

7 de março de 2011

O erro das mulheres

Em meio à folia do carnaval, chegou as minhas mãos uma entrevista interessante com uma consultora amorosa (sim, existe essa profissão). O tema da reportagem era sedução e entre os vários trechos de uma entrevista que em princípio parecia tratar de um assunto banal, um deles me chamou a atenção:

O maior erro das mulheres é a forma como encaram o amor. A tendência é sempre colocar o amor e os relacionamentos como princípio-fim da vida. E os homens não fazem isso.  As mulheres têm a responsabilidade de ter uma relação feliz porque centram a vida no amor, delegando todas as partes de seu cotidiano aos homens. Estes, por sua vez, nunca preenchem todos os espaços de sua vida com o relacionamento amoroso. 
Eu comparo isso a uma pizza. Na vida do homem cada fatia é de um assunto. Tem os amigos, o trabalho, o futebol. O amor é só uma dessas fatias. E eles não morrem quando não podem ir ao jogo, porque têm outras coisas em foco. Já a pizza das mulheres só tem um sabor. E aí ela entra em depressão, nem vai ao trabalho quando o cara não liga, porque o relacionamento ocupa a vida inteira dela. Quando conseguimos distribuir a nossa pizza com sabedoria - uma fatia para cada assunto - teremos a tranquilidade tão sonhada.


Achei a comparação acima perfeita e é o que tenho discutido com algumas amigas "ansiosas" por um casamento em meio a uma rotina tão sem compromisso hoje em dia. Muitas de nós encaram o casamento como o prêmio final de uma vida, ou como nas histórias de cinema - o "final feliz". A recompensa por sermos tão "boazinhas", tão "educadas", tão "batalhadoras", tão "mulher"...

E abrimos mão de outras áreas da vida em busca desse tão sonhado "prêmio"... Que muitas vezes é um "presente de grego".

Tenho aprendido a dividir o meu pedaço de pizza com assuntos que me agradam - família, academia, cinema, leitura, amigos, cursos, trabalho... E tenho sido, sim, mais feliz. Pra mim, hoje, vale o lema: "Paz e arroz. Amor vem depois".

Na verdade, o tão "sonhado" amor eu achei - amando a mim mesma!


Para quem quiser ler a entrevista na íntegra, acesse: "A sedução não é moderna"

1 de março de 2011

Aquilo que não me mata, fortalece-me



Há alguns meses atrás passei por um período tenso de mudanças - mudança de estado civil, de cidade, um ritmo de trabalho alucinante, mãe internada na UTI em estado grave, situação financeira na berlinda... Na época pensei que não fosse conseguir sobreviver a tanta pressão. A sensação era de estar num quarto minúsculo e as paredes se movendo em minha direção, a ponto de me esmagar a qualquer hora. 

Nessas horas precisamos, sim, de um escape. Além de recorrer à espiritualidade, claro, porque nesses momentos, só Deus mesmo! E muitas vezes falta fé... Falta dinheiro, falta saúde, falta autoestima, falta tudo!!! Você vive em função dos outros e, graças a Deus (sim, Ele estava dando conta do recado!), tinha sempre alguém por perto para me socorrer nos momentos mais "tenebrosos".

Optei por focar em mim, elaborar meus sentimentos, dar um tempo para a vida (que insistia em correr velozmente) e não ligar para as críticas explícitas ou silenciosas. Afinal, só eu mesma sabia por que doia, onde doia e qual era o meu limite.

Hoje, percebo que tudo o que mais me torturava serviu de alimento.

Olho para trás e concluo que o sofrimento não vem de enfrentar a dificuldade, pois tudo o que acontece é exatamente o que necessitamos para crescer. O sofrimento vem de "sofrer sem aprender a lição".

Quando eu decidi tirar proveito da situação, aprendi mais de uma lição:
  1. "Nunca perca a sensibilidade, mesmo que a vida o ensine por meio de dolorosas experiências. O segredo é manter a beleza austera do autoaprimoramento. Pois é isso que atrai a prosperidade e os verdadeiros amigos".
  2. "Virá a nós o que já nos pertence e aquilo para o qual estamos verdadeiramente preparados para alcançar".
  3. "Onde não houver decisões firmes na sua trajetória, a vida insistirá em fazê-lo recobrar a consciência de quem você é de verdade: senhor do destino". 
Hoje entendo: aquilo que não me mata, fortalece-me. Meu sofrimento foi o treinamento que precisava, na medida exata! 

Perdi, perdi muito e perdi feio. Mas o que ganhei não tem preço!

24 de fevereiro de 2011

Lições de um casamento desfeito

A separação devolveu minha identidade, resgatou minha autoestima e fortaleceu minha capacidade de gerir as frustrações.

Paradoxalmente, foi necessário perder algo que sonhei a vida toda para ganhar o que vai mudar minha vida daqui pra frente.
 
É estranho como o casamento, muitas vezes, anula nossa própria individualidade. Passamos a viver o outro e a abrir mão gradativamente de nós mesmas. E olha que tem muita mulher que ainda não casou e já vive isso no noivado ou mesmo no namoro.

Somos "roubadas", ou "sugadas" pelo prazer (?) de estar com o outro, ou simplesmente pelo alívio (?) de não pertencermos ao grupo das "encalhadas". Achamos que isso é amor, paixão... Quando na verdade é ilusão, ou melhor, fuga de nós mesmas! Por que nos subestimamos tanto?

Admiro casais que superaram essa armadilha e mantêm intactos suas individualidades. Preservam o direito (acho até que deveria ser um dever) de sair com os amigos ou mesmo sozinhos; alimentam os prazeres individuais saudáveis, coisas que faziam quando eram solteiros e não prejudicavam ninguém; sabem viver o "eu" sem atingir negativamente o "nós". E, principalmente, sabem viver o "nós" sem anular o "eu".

Relação baseada na confiança, no respeito, na cumplicidade...

Relação fundamentada no amor próprio, porque só quando atingimos esse patamar conseguimos amar o outro sem abrir mão de nós mesmas.


Sim, a separação também me fez entender isso!

21 de fevereiro de 2011

Matemática das relações

Ainda nos meus "vinte e poucos anos" sonhava em casar com um homem lindo, numa igreja linda, um bolo lindo... Tudo lindo!
E ainda achava que, ao me casar, todos os meus problemas seriam resolvidos e seria... Tudo lindo!

Com 28 anos eu me casei.
A igreja estava linda!
O bolo estava lindo (e delicioso)!
E o noivo, bom... Ele não era tão lindo assim, embora eu só tenha percebido isso depois que a paixão foi embora e a gente passa a "enxergar" melhor.

Os problemas? Bom, eles só aumentaram.
E a vida... Uau, esta não ficou nada linda!

O fato é que nós mulheres sonhamos com alguém que nos complete. Que seja nossa "tampa da panela". Mas, num mundo de hoje, onde impera a lei que diz "ninguém é de ninguém", e para piorar ainda tem muita gente "saindo do armário", muitas vezes a nossa "tampa da panela" já está por aí, tapando outra panela.

Hoje, não mais casada, desisti de procurar alguém que me complete.
Quero, agora, alguém que me acrescente.
Porque tenho descoberto, a cada dia, o valor da minha própria companhia.

É, se não for para somar, eu subtraio da minha vida. Simples assim!

Casar de novo?
Bom, aí a matemática é outra: só se for para multiplicar...

17 de fevereiro de 2011

Vítima ou guerreira?

Já passei "poucas e boas" na mão dos homens. Fui traída, desvalorizada, preterida...
Aí um belo dia eu acordei cansada de ser vítima. Então, decidi ser guerreira.

E descobri o por quê.

Vítimas sonham, guerreiras conquistam.

15 de fevereiro de 2011

Deixe a sua luz brilhar

No meu encontro de coaching desta semana li um texto do Nelson Mandela (cuja história de vida me inspira absurdamente) que simplesmente "desmoronou" minha alma. Tudo, ali, reflete o que vivo hoje e me encoraja a seguir adiante, superando meus próprios limites. Agora, verdadeiramente, ninguém me segura!
Nosso pior medo não é sermos inadequados, nosso mais profundo medo é sermos poderosos demais. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta.
Nós nos perguntamos: quem eu sou para ser brilhante, magnífico, talentoso e fabuloso? De fato, quem é você para não ser isso?
Você é um filho, uma filha de Deus; essa sua brincadeira de se esconder não serve ao mundo. Não há nenhuma iluminação no fato de se encolher ou se diminuir para que os outros não se sintam inseguros perto de você.
Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós. Ela não está somente dentro de alguns de nós, está em todos nós, e conforme deixamos que nossa própria luz brilhe, inconscientemente damos permissão para que os outros façam o mesmo.
Conforme nos libertamos dos nossos medos, nossa presença automaticamente liberta o medo dos outros.
NELSON MANDELA - Discurso de posse na presidência da África do Sul,1994.

12 de fevereiro de 2011

Minha inspiração

Assistindo ao filme Invictus, um trecho, em especial, chamou minha atenção, pois reflete meu propósito de vida.

"Inspiração é encontrar algo que motiva você a sair do momento atual. Alguma coisa que altera seus pensamentos e ações". 

Bom, quem conhece minha história entendeu tudo agora.

Diante dos desafios, indentifique seus sentimentos, elabore-os, supere a perda, perdoe.

Depois, siga em frente consciente de que "para erguer uma nação, precisamos superar nossas expectativas".

Trocando em miúdos: Para reescrever a minha história, foi preciso gerir minhas expectativas e canalizar minhas frustrações para algo positivo. Deu no que deu... Sou uma outra pessoa - mais feliz, mais leve, mais segura, realizada!

Vale a pena conferir.

8 de fevereiro de 2011

A felicidade é um estado mágico e duradouro?

Recebi outro e-mail "daqueles" que vale a pena publicar aqui, porque é a cara do "Diálogo de Mulheres" e tem tudo a ver com as últimas conversas que venho tendo com uma amiga-irmã. Tenho certeza que ela vai assinar embaixo.

O texto é de Leila Ferreira, jornalista, apresentadora de TV e autora do livro "Mulheres - Por que será que elas...?", da Editora Globo. Eu cortei pequenas partes para não ficar muito extenso, porém isso não prejudicou o entendimento da mensagem que o texto almeja passar. Quem quiser ver na íntegra, é só jogar no Google (simples assim!).

Bem, o texto fala sobre felicidade. Hummm... Sem mais o que comentar.




Minimamente feliz - A felicidade é mesmo
um estado mágico e duradouro?

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'. Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos, mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.



3 de fevereiro de 2011

Vai deixar a vida te levar?



Se tem algo que não consigo entender é quando alguém diz: "eu deixo a vida me levar...". Ou melhor, entendo, sim! Mas é uma compreensão exagerada, talvez...

Sempre acreditei que nós temos o poder de interferir no nosso destino, pois a vida é feita de escolhas, cada uma delas tem seu preço e o que decidimos hoje ecoa-se pela eternidade. Particularmente, não consigo ficar tanto tempo na "inércia", deixando a vida me levar por caminhos que, muitas vezes, não quero pra mim. Posso até, por fraqueza ou impedimento de qualquer outra ordem, permitir que a "vida me leve" provisoriamente, mas não por tanto tempo.

Então me levanto, me sacudo, me posiciono... Grito "alto lá!". Sim, eu sou protagonista da minha história. Sou eu quem decido que rumo tomar.

Fico imaginando quão monótona deve ser a vida de quem "deixa a vida levar".  A pessoa está ali, às vezes parada, às vezes indo para onde "o vento está soprando", vivendo o que aparecer, sofrendo com o não sei o quê... "Esperando a morte chegar" - e talvez a pessoa já tenha morrido e não sabe! Alô, tem alguém aí?

Em compensação, quem "leva a vida", torna-se líder de si mesmo. Desfaz-se dos problemas, cria outros, perde a guerra, vence a batalha, grita, chora, ri... Mas está ali bem consciente do que quer para si e onde quer chegar. Não há história triste que não possa tomar um rumo diferente. Não há situação complicada que não possa ser resolvida. Não há lamento que não possa se transformar em canto... Só depende de você.

Vai deixar a vida te levar?

O amanhã só começa para quem decide se levantar.

22 de janeiro de 2011

Ele quem mesmo?

Recebi o texto abaixo de uma amiga minha. Não sei quem é a autora (e nem minha amiga sabe). Mas achei muito bom e é a pura verdade: quando cuidamos de nós mesmas e decidimos ser feliz, percebemos o real significado de ser "sol(in)teira". 

Sim, ser solteira é isto: é ser inteira! 
É amar a nós mesmas, é ser feliz com nossa própria companhia, é nos sentirmos plena, sem precisar transferir para outra pessoa essa responsabilidade. Ninguém pode ser responsável pela nossa felicidade, além de nós mesmas! 

Quando alcançamos essa percepção e a vivemos, aprendemos a gerir as expectativas de um relacionamento que apostamos, investimos e... Não dá certo!

Aprendi que o sucesso de uma relação não depende só de uma pessoa querer, apostar, investir. Se você fez tudo isso e ainda acredita ser a melhor companhia que a outra pessoa poderia ter, então, querida, levanta a cabeça, sacode a poeira e dá a volta por cima. 

O que você "acha" que perdeu agora, pode ser o motivo do seu sucesso na próxima relação.

Vamos ao texto...




Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo "olha, não dá mais".

Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu "mas agora eu tô comendo um lanche com amigos".


Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim? Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema.


Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito.

Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve. Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. 

Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor e então resolvi que tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida.

Voltei de viagem e tchân,tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.


Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antônio umas mil vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de Roteiro, Astrologia e História, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.


Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.


O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.


Ele quem mesmo?