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26 de março de 2012

Amor patológico: mais comum do que a gente pensa...

Outro dia li uma reportagem interessante na edição 73 da revista Psique. Falava sobre amor patológico, que acontece quando uma pessoa embarca numa união simbiótica na tentativa de fugir da insuportável sensação de abandono. Consequência: "ela dirige toda atenção à pessoa amada, desdobrando-se em cuidados e gentileza que nunca cessam porque simplesmente ela não sabe como controlar o impulso de agradar o parceiro. Numa postura obcecada, aquele que vive esse amor não consegue mudar o foco: seu objeto de desejo torna-se prioridade, enquanto os outros interesses ficam em segundo plano". 

Este era o início do texto e de imediato consegui identificar algumas pessoas que passam (ou passaram por isso). Elas sofrem e fazem o outro, a quem acreditam amar, sofrer também.

Relacionamento não é fácil. É um aprendizado constante. Uma doação com limite - o limite da sua individualidade. Doar-se sem se anular. Doar-se para receber.

Relacionamento é troca com cumplicidade e respeito mútuos; troca esta que visa acrescentar. Relacionamento que subtrai, divide ou anula é doentio. É difícil assumir isso. Mas é o primeiro passo para querer sair da situação. Afirmo com "conhecimento de causa".

Quem se identificou com o tema, sugiro a leitura da reportagem na íntegra: Quando o amor vira doença 

Boa leitura!

19 de março de 2012

Para quê serve uma relação?



Compartilho hoje mais um desses textos que a gente lê aí na internet e acha bacana. 



Defendo a tese de que relacionamento é crescimento. Fugir de relacionamentos por medo de sofrer, de levar um fora ou por qualquer outra razão é comprometer seu auto-desenvolvimento. Relacione-se! Primeiro com você, depois com o outro. Conquiste-se para ser conquistada. 



Vamos à leitura...



Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela,  para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado. 
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete,  para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. 
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. 
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa. 
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem corpo um do outro quando o cobertor cair. 
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro ao médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.
Drauzio Varella