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24 de fevereiro de 2011

Lições de um casamento desfeito

A separação devolveu minha identidade, resgatou minha autoestima e fortaleceu minha capacidade de gerir as frustrações.

Paradoxalmente, foi necessário perder algo que sonhei a vida toda para ganhar o que vai mudar minha vida daqui pra frente.
 
É estranho como o casamento, muitas vezes, anula nossa própria individualidade. Passamos a viver o outro e a abrir mão gradativamente de nós mesmas. E olha que tem muita mulher que ainda não casou e já vive isso no noivado ou mesmo no namoro.

Somos "roubadas", ou "sugadas" pelo prazer (?) de estar com o outro, ou simplesmente pelo alívio (?) de não pertencermos ao grupo das "encalhadas". Achamos que isso é amor, paixão... Quando na verdade é ilusão, ou melhor, fuga de nós mesmas! Por que nos subestimamos tanto?

Admiro casais que superaram essa armadilha e mantêm intactos suas individualidades. Preservam o direito (acho até que deveria ser um dever) de sair com os amigos ou mesmo sozinhos; alimentam os prazeres individuais saudáveis, coisas que faziam quando eram solteiros e não prejudicavam ninguém; sabem viver o "eu" sem atingir negativamente o "nós". E, principalmente, sabem viver o "nós" sem anular o "eu".

Relação baseada na confiança, no respeito, na cumplicidade...

Relação fundamentada no amor próprio, porque só quando atingimos esse patamar conseguimos amar o outro sem abrir mão de nós mesmas.


Sim, a separação também me fez entender isso!

21 de fevereiro de 2011

Matemática das relações

Ainda nos meus "vinte e poucos anos" sonhava em casar com um homem lindo, numa igreja linda, um bolo lindo... Tudo lindo!
E ainda achava que, ao me casar, todos os meus problemas seriam resolvidos e seria... Tudo lindo!

Com 28 anos eu me casei.
A igreja estava linda!
O bolo estava lindo (e delicioso)!
E o noivo, bom... Ele não era tão lindo assim, embora eu só tenha percebido isso depois que a paixão foi embora e a gente passa a "enxergar" melhor.

Os problemas? Bom, eles só aumentaram.
E a vida... Uau, esta não ficou nada linda!

O fato é que nós mulheres sonhamos com alguém que nos complete. Que seja nossa "tampa da panela". Mas, num mundo de hoje, onde impera a lei que diz "ninguém é de ninguém", e para piorar ainda tem muita gente "saindo do armário", muitas vezes a nossa "tampa da panela" já está por aí, tapando outra panela.

Hoje, não mais casada, desisti de procurar alguém que me complete.
Quero, agora, alguém que me acrescente.
Porque tenho descoberto, a cada dia, o valor da minha própria companhia.

É, se não for para somar, eu subtraio da minha vida. Simples assim!

Casar de novo?
Bom, aí a matemática é outra: só se for para multiplicar...

17 de fevereiro de 2011

Vítima ou guerreira?

Já passei "poucas e boas" na mão dos homens. Fui traída, desvalorizada, preterida...
Aí um belo dia eu acordei cansada de ser vítima. Então, decidi ser guerreira.

E descobri o por quê.

Vítimas sonham, guerreiras conquistam.

15 de fevereiro de 2011

Deixe a sua luz brilhar

No meu encontro de coaching desta semana li um texto do Nelson Mandela (cuja história de vida me inspira absurdamente) que simplesmente "desmoronou" minha alma. Tudo, ali, reflete o que vivo hoje e me encoraja a seguir adiante, superando meus próprios limites. Agora, verdadeiramente, ninguém me segura!
Nosso pior medo não é sermos inadequados, nosso mais profundo medo é sermos poderosos demais. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta.
Nós nos perguntamos: quem eu sou para ser brilhante, magnífico, talentoso e fabuloso? De fato, quem é você para não ser isso?
Você é um filho, uma filha de Deus; essa sua brincadeira de se esconder não serve ao mundo. Não há nenhuma iluminação no fato de se encolher ou se diminuir para que os outros não se sintam inseguros perto de você.
Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós. Ela não está somente dentro de alguns de nós, está em todos nós, e conforme deixamos que nossa própria luz brilhe, inconscientemente damos permissão para que os outros façam o mesmo.
Conforme nos libertamos dos nossos medos, nossa presença automaticamente liberta o medo dos outros.
NELSON MANDELA - Discurso de posse na presidência da África do Sul,1994.

12 de fevereiro de 2011

Minha inspiração

Assistindo ao filme Invictus, um trecho, em especial, chamou minha atenção, pois reflete meu propósito de vida.

"Inspiração é encontrar algo que motiva você a sair do momento atual. Alguma coisa que altera seus pensamentos e ações". 

Bom, quem conhece minha história entendeu tudo agora.

Diante dos desafios, indentifique seus sentimentos, elabore-os, supere a perda, perdoe.

Depois, siga em frente consciente de que "para erguer uma nação, precisamos superar nossas expectativas".

Trocando em miúdos: Para reescrever a minha história, foi preciso gerir minhas expectativas e canalizar minhas frustrações para algo positivo. Deu no que deu... Sou uma outra pessoa - mais feliz, mais leve, mais segura, realizada!

Vale a pena conferir.

8 de fevereiro de 2011

A felicidade é um estado mágico e duradouro?

Recebi outro e-mail "daqueles" que vale a pena publicar aqui, porque é a cara do "Diálogo de Mulheres" e tem tudo a ver com as últimas conversas que venho tendo com uma amiga-irmã. Tenho certeza que ela vai assinar embaixo.

O texto é de Leila Ferreira, jornalista, apresentadora de TV e autora do livro "Mulheres - Por que será que elas...?", da Editora Globo. Eu cortei pequenas partes para não ficar muito extenso, porém isso não prejudicou o entendimento da mensagem que o texto almeja passar. Quem quiser ver na íntegra, é só jogar no Google (simples assim!).

Bem, o texto fala sobre felicidade. Hummm... Sem mais o que comentar.




Minimamente feliz - A felicidade é mesmo
um estado mágico e duradouro?

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'. Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos, mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.



3 de fevereiro de 2011

Vai deixar a vida te levar?



Se tem algo que não consigo entender é quando alguém diz: "eu deixo a vida me levar...". Ou melhor, entendo, sim! Mas é uma compreensão exagerada, talvez...

Sempre acreditei que nós temos o poder de interferir no nosso destino, pois a vida é feita de escolhas, cada uma delas tem seu preço e o que decidimos hoje ecoa-se pela eternidade. Particularmente, não consigo ficar tanto tempo na "inércia", deixando a vida me levar por caminhos que, muitas vezes, não quero pra mim. Posso até, por fraqueza ou impedimento de qualquer outra ordem, permitir que a "vida me leve" provisoriamente, mas não por tanto tempo.

Então me levanto, me sacudo, me posiciono... Grito "alto lá!". Sim, eu sou protagonista da minha história. Sou eu quem decido que rumo tomar.

Fico imaginando quão monótona deve ser a vida de quem "deixa a vida levar".  A pessoa está ali, às vezes parada, às vezes indo para onde "o vento está soprando", vivendo o que aparecer, sofrendo com o não sei o quê... "Esperando a morte chegar" - e talvez a pessoa já tenha morrido e não sabe! Alô, tem alguém aí?

Em compensação, quem "leva a vida", torna-se líder de si mesmo. Desfaz-se dos problemas, cria outros, perde a guerra, vence a batalha, grita, chora, ri... Mas está ali bem consciente do que quer para si e onde quer chegar. Não há história triste que não possa tomar um rumo diferente. Não há situação complicada que não possa ser resolvida. Não há lamento que não possa se transformar em canto... Só depende de você.

Vai deixar a vida te levar?

O amanhã só começa para quem decide se levantar.