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24 de fevereiro de 2011

Lições de um casamento desfeito

A separação devolveu minha identidade, resgatou minha autoestima e fortaleceu minha capacidade de gerir as frustrações.

Paradoxalmente, foi necessário perder algo que sonhei a vida toda para ganhar o que vai mudar minha vida daqui pra frente.
 
É estranho como o casamento, muitas vezes, anula nossa própria individualidade. Passamos a viver o outro e a abrir mão gradativamente de nós mesmas. E olha que tem muita mulher que ainda não casou e já vive isso no noivado ou mesmo no namoro.

Somos "roubadas", ou "sugadas" pelo prazer (?) de estar com o outro, ou simplesmente pelo alívio (?) de não pertencermos ao grupo das "encalhadas". Achamos que isso é amor, paixão... Quando na verdade é ilusão, ou melhor, fuga de nós mesmas! Por que nos subestimamos tanto?

Admiro casais que superaram essa armadilha e mantêm intactos suas individualidades. Preservam o direito (acho até que deveria ser um dever) de sair com os amigos ou mesmo sozinhos; alimentam os prazeres individuais saudáveis, coisas que faziam quando eram solteiros e não prejudicavam ninguém; sabem viver o "eu" sem atingir negativamente o "nós". E, principalmente, sabem viver o "nós" sem anular o "eu".

Relação baseada na confiança, no respeito, na cumplicidade...

Relação fundamentada no amor próprio, porque só quando atingimos esse patamar conseguimos amar o outro sem abrir mão de nós mesmas.


Sim, a separação também me fez entender isso!

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