Páginas

8 de fevereiro de 2011

A felicidade é um estado mágico e duradouro?

Recebi outro e-mail "daqueles" que vale a pena publicar aqui, porque é a cara do "Diálogo de Mulheres" e tem tudo a ver com as últimas conversas que venho tendo com uma amiga-irmã. Tenho certeza que ela vai assinar embaixo.

O texto é de Leila Ferreira, jornalista, apresentadora de TV e autora do livro "Mulheres - Por que será que elas...?", da Editora Globo. Eu cortei pequenas partes para não ficar muito extenso, porém isso não prejudicou o entendimento da mensagem que o texto almeja passar. Quem quiser ver na íntegra, é só jogar no Google (simples assim!).

Bem, o texto fala sobre felicidade. Hummm... Sem mais o que comentar.




Minimamente feliz - A felicidade é mesmo
um estado mágico e duradouro?

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'. Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos, mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.



2 comentários:

  1. Amiga,concordando com a autora, nossas longas conversas sobre Deus, vida, felicidade, sonhos, objetivos, homens, racionalizar, emocionar (quase um simpósio, diga-se de passagem)são essas doses homeopáticas de felicidade, praticamente um floral de Bach...risos! Bjsssss

    ResponderExcluir
  2. Amiga, adorei o "floral de Bach"... hahahahah

    ResponderExcluir