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23 de março de 2011

Sou assim e pronto!

Sou uma mulher de temperamento forte. Falo o que penso, defendo minhas ideias e posições a respeito de vários assuntos, especialmente os polêmicos. Não tenho vergonha ou medo de dizer o que penso.

Sou impulsiva, sou radical em alguns aspectos e um pouco liberal em outros. Não sou perfeita e sei que estou muito longe disso. Cometo "loucuras", mas sempre avalio depois se valeu a pena mesmo. Julgo, sim, e quem não julga pelas aparências ou circunstâncias? Mas depois também avalio se o tal julgamento foi correto ou não. Erro. Erro muito! Gosto de errar para aprender e crescer. Faz parte do processo! Não fujo da raia, não me escondo atrás de relações fracassadas, não vivo de ilusões.

Quando gosto, gosto. Quando não gosto, trato só por educação. E pronto!

Aprendi a ser eu mesma. Gosto de ser quem eu sou.
E ponto final.

7 de março de 2011

O erro das mulheres

Em meio à folia do carnaval, chegou as minhas mãos uma entrevista interessante com uma consultora amorosa (sim, existe essa profissão). O tema da reportagem era sedução e entre os vários trechos de uma entrevista que em princípio parecia tratar de um assunto banal, um deles me chamou a atenção:

O maior erro das mulheres é a forma como encaram o amor. A tendência é sempre colocar o amor e os relacionamentos como princípio-fim da vida. E os homens não fazem isso.  As mulheres têm a responsabilidade de ter uma relação feliz porque centram a vida no amor, delegando todas as partes de seu cotidiano aos homens. Estes, por sua vez, nunca preenchem todos os espaços de sua vida com o relacionamento amoroso. 
Eu comparo isso a uma pizza. Na vida do homem cada fatia é de um assunto. Tem os amigos, o trabalho, o futebol. O amor é só uma dessas fatias. E eles não morrem quando não podem ir ao jogo, porque têm outras coisas em foco. Já a pizza das mulheres só tem um sabor. E aí ela entra em depressão, nem vai ao trabalho quando o cara não liga, porque o relacionamento ocupa a vida inteira dela. Quando conseguimos distribuir a nossa pizza com sabedoria - uma fatia para cada assunto - teremos a tranquilidade tão sonhada.


Achei a comparação acima perfeita e é o que tenho discutido com algumas amigas "ansiosas" por um casamento em meio a uma rotina tão sem compromisso hoje em dia. Muitas de nós encaram o casamento como o prêmio final de uma vida, ou como nas histórias de cinema - o "final feliz". A recompensa por sermos tão "boazinhas", tão "educadas", tão "batalhadoras", tão "mulher"...

E abrimos mão de outras áreas da vida em busca desse tão sonhado "prêmio"... Que muitas vezes é um "presente de grego".

Tenho aprendido a dividir o meu pedaço de pizza com assuntos que me agradam - família, academia, cinema, leitura, amigos, cursos, trabalho... E tenho sido, sim, mais feliz. Pra mim, hoje, vale o lema: "Paz e arroz. Amor vem depois".

Na verdade, o tão "sonhado" amor eu achei - amando a mim mesma!


Para quem quiser ler a entrevista na íntegra, acesse: "A sedução não é moderna"

1 de março de 2011

Aquilo que não me mata, fortalece-me



Há alguns meses atrás passei por um período tenso de mudanças - mudança de estado civil, de cidade, um ritmo de trabalho alucinante, mãe internada na UTI em estado grave, situação financeira na berlinda... Na época pensei que não fosse conseguir sobreviver a tanta pressão. A sensação era de estar num quarto minúsculo e as paredes se movendo em minha direção, a ponto de me esmagar a qualquer hora. 

Nessas horas precisamos, sim, de um escape. Além de recorrer à espiritualidade, claro, porque nesses momentos, só Deus mesmo! E muitas vezes falta fé... Falta dinheiro, falta saúde, falta autoestima, falta tudo!!! Você vive em função dos outros e, graças a Deus (sim, Ele estava dando conta do recado!), tinha sempre alguém por perto para me socorrer nos momentos mais "tenebrosos".

Optei por focar em mim, elaborar meus sentimentos, dar um tempo para a vida (que insistia em correr velozmente) e não ligar para as críticas explícitas ou silenciosas. Afinal, só eu mesma sabia por que doia, onde doia e qual era o meu limite.

Hoje, percebo que tudo o que mais me torturava serviu de alimento.

Olho para trás e concluo que o sofrimento não vem de enfrentar a dificuldade, pois tudo o que acontece é exatamente o que necessitamos para crescer. O sofrimento vem de "sofrer sem aprender a lição".

Quando eu decidi tirar proveito da situação, aprendi mais de uma lição:
  1. "Nunca perca a sensibilidade, mesmo que a vida o ensine por meio de dolorosas experiências. O segredo é manter a beleza austera do autoaprimoramento. Pois é isso que atrai a prosperidade e os verdadeiros amigos".
  2. "Virá a nós o que já nos pertence e aquilo para o qual estamos verdadeiramente preparados para alcançar".
  3. "Onde não houver decisões firmes na sua trajetória, a vida insistirá em fazê-lo recobrar a consciência de quem você é de verdade: senhor do destino". 
Hoje entendo: aquilo que não me mata, fortalece-me. Meu sofrimento foi o treinamento que precisava, na medida exata! 

Perdi, perdi muito e perdi feio. Mas o que ganhei não tem preço!