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26 de maio de 2011

Critérios

Aquela velha história: quem eu quero não me quer; quem me quer eu não quero.
Desencontros.

Não quero mais perder tempo. Não quero mais passar o tempo.

Que tipo de pessoas tenho atraído para minha vida?

As perdas me deixaram mais criteriosa: só vou gostar de quem gosta de mim.

Tempo de se abrir.
Tempo de conhecer.
Tempo de se permitir...

VIVER.

15 de maio de 2011

Um belo dia DECIDI mudar

Passei o final de semana com esta música na cabeça:

"Um belo dia resolvi mudar / E fazer tudo o queria fazer / Me libertei daquela vida vulgar / Que eu levava estando junto a você..."


Parei hoje para refletir.

De fato, decidi mudar, estou fazendo tudo o que gostaria de fazer e ainda tem mais nos meus planos - curso de inglês, aula de dança, viagens...

Eu me libertei não de uma vida "vulgar", mas limitada, presa, atrelada ao que os outros pensavam.
O gosto da liberdade é indescritível. Liberdade conquistada, amadurecida, equilibrada...
Precisei perder pra ganhar.
Mudança que gerou mudanças...
Auto-confiaça.

"Em tudo o que faço existe um porquê de ser quem eu sou, de estar onde estou...
Agora, só falta você..."

Ou não!

9 de maio de 2011

Regra básica para o dia a dia

Ame-se
Permita-se
Liberte-se
Escute... Mais!

Fale
Magoe
Culpe
Engane-se... Menos!

Esqueça
Perdoe
Prossiga
Viva... Sempre!

4 de maio de 2011

Quem disse que homens não escrevem aqui?

Achei esse texto navegando pela net. Quando terminei de ler pensei: "Putz, isso parece Diálogo de Mulheres". E tomou um gostinho especial quando vi que foi escrito por um homem. É um pouco longo, eu sei, mas vale a pena um esforço!

Sim, os homens também escrevem aqui!

Com vocês,
"O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas"

Por Ivan Martins, editor executivo da Revista Época


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor. 
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil. 

2 de maio de 2011

Escolhas assertivas

Já teve um momento em minha vida em que quis muito casar e constituir família. Tá certo que nunca acreditei muito nessa história de "príncipe encantado", mas achava que poderia encontrar alguém bacana para compartilhar a vida, seus bons e maus momentos. Ser feliz, a dois, debaixo do mesmo teto... Blá, blá, blá!

Bem, passei pela experiência e vi o quanto é difícil ser feliz, a dois, debaixo do mesmo teto! Por isso, optei por ser feliz debaixo de um teto só pra mim. Na verdade, hoje, divido o teto com minha mãe e sou muito grata por isso!

Daí, fico pensando: será que me casei porque realmente queria casar? Ou porque encontrei a tal pessoa "bacana"? (Essa questão eu já respondo: não mesmo!). Ou simplesmente porque é assim e pronto: todo mundo precisa casar um dia! Será?!

Convenções, padrões, tradições... Esses, sim, são mais poderosos do que qualquer desejo de se casar, ou apenas de se relacionar, sem necessariamente chegar ao matrimônio. Afinal, quem não namora/namorou alguém só para ficar em paz com a cobrança velada (ou escancarada) da sociedade - e da família?!

Esse é o caminho das escolhas precipitadas.

Em qualquer área da vida, precisamos decidir por aquilo que de fato é o melhor para nós e não necessariamente o que é o ideal da sociedade, o padrão para todos. E cada dia me convenço de que o caminho para a escolha mais assertiva está no autoconhecimento, no senso crítico e, consequentemente, na coragem de ser quem você realmente é e não o que o meio "sugere" que você seja.

Optei pelo caminho da autenticidade: sem medo e sem vergonha de ser quem eu sou, mesmo sendo do contra, muitas vezes! 

Em tempo: continuo procurando uma pessoa "bacana" para compartilhar bons e maus momentos da vida, mas deixei de atribuir a essa pessoa a responsabilidade pelo meu contentamento. Se aparecer ótimo, será um valor agregado! Mas, se não aparecer, garanto que pior, a minha vida não fica!