Aí veio meu inconsciente trazendo à tona tudo que aprendi sobre poder da mente, PNL (Programação Neurolinguística), controle da ansiedade... Surgiu, então, um momento de lucidez em meio a dor e encontrei uma solução paliativa, pelo menos até o dia amanhecer.
Depois de uma noite mal dormida, tentei me levantar meio encurvada, totalmente entrevada, com uma dor ainda sem condições de ser descrita, e minha pressão, então, despenca junto comigo rumo ao chão! Nessa hora, nada de PNL, nada de poder da mente, nada de "reza brava". Emergência!
Depois de uma noite mal dormida, tentei me levantar meio encurvada, totalmente entrevada, com uma dor ainda sem condições de ser descrita, e minha pressão, então, despenca junto comigo rumo ao chão! Nessa hora, nada de PNL, nada de poder da mente, nada de "reza brava". Emergência!
A partir daí, não sei o que foi pior: continuar sentindo a dor indescritível ou ser atendida por um médico plantonista que fala ao celular durante a consulta, não me examina e já sai receitando um coquetel para aliviar a dor que, como resultado, faz minha pressão baixar mais ainda, sem aliviar dor alguma! Ao retornar ao consultório após ser medicada, o cidadão, que afirma ter registro no CRM, continua alheio a tudo, interessado apenas ao que está na tela do seu computador. Pergunto: - "Pode aferir minha pressão, por favor? Acho que está um pouco baixa e estou com mal estar...". Resposta (ainda olhando para a tela do computador): - "É normal. Consequência da medicação". E não aferiu minha pressão e nem perguntou se a dor passou.
Após alguns segundos de silêncio e estarrecida com a falta de atitude, pergunto: - "O senhor me recomenda alguma coisa?". Ainda com a cara sem vergonha olhando para a (maldita) tela do computador, o tal médico responde monossilábico: "Sim...". E aí veio mais alguns segundos de silêncio revoltante até eu mesma responder por ele: "Procurar um ortopedista especialista em coluna?". E ele, novamente, devolve o monossilábico: "Sim". Conclusão: saí do hospital ainda sentindo muita dor, com mal estar por conta da pressão baixa e sem nenhuma medicação receitada pelo suposto médico para tomar posteriormente. Não, isso não aconteceu no SUS ou num posto de saúde público. Foi na emergência do Centro Integrado de Apoio à Saúde (CIAS), da Unimed.
É para isso que pago, mensalmente, um plano de saúde.
É para isso que um cidadão se diz médico... Na medicina da incompetência, formou-se doutor em negligência!